Histórico do periódico

Oriunda de um processo regido pelas instituições federais de interiorização de suas IES, um dos campi da Universidade  Federal do Pará, o Campus Universitário do Marajó - Breves, localizado na cidade de Breves que fica no Arquipélago do Marajó, nasceu com o intuito de qualificar, em nível superior, principalmente os indivíduos marajoaras que, devido à localização geográfica e a condições econômicas, encontram inúmeras dificuldades para saírem de suas cidades, comunidades ribeirinhas, comunidades quilombolas e da área rural para estudarem um curso superior nos grandes centros, além desse Arquipélago. Dentre os cursos, predominantemente de licenciaturas, ofertados por este Campus, encontra-se o curso de Letras – Língua Portuguesa, coordenadora pela Faculdade de Letras – FALE.

O curso de Letras, assim como a própria Faculdade de Letras e o Campus Universitário do Marajó, têm buscado, em especial nos últimos cinco anos, tornar-se, na medida do possível, um instrumento que possibilita aos seus discentes, comunidade interessada e discentes de outras IES locais ir e ver mais longe, embora vivamos num Arquipélago, geograficamente afastado de onde o “progresso chega a passos largos”.  Nesse sentido, por exemplo, entre outros incentivos,  a Faculdade de Letras incentiva sobremaneira seus alunos a pesquisarem e, posteriormente , participar de eventos, publicar – tal qual muitas IES renomadas.

Contudo, no que tange à publicação, sabemos que, por exemplo, o número de revistas abertas é pouco para a quantidade de autor@s que querem, precisam publicar, o que limita sobremaneira a aceitação de artigos enviados. Aliado a isso, no que tange ao Campus de Breves, ele vinha de uma cultura onde escrever e publicar não era o foco. Esse fato aliado à dificuldade, como é sabido, de ter artigos de  graduand@s aceitos para publicação, tornava o meu sonho de ver os discentes publicando algo muito distante. Neste contexto, surge, em 2013, a ideia de uma revista científica que viesse a atender  o Campus, nas pessoas dos professor@s, alun@s  e demais autor@s exten@s. Sendo assim, pensando no público do Campus de Breves, em particular, no qual tem os cursos de Pedagogia, Serviço Social, Ciências Naturais, Matemática,   a revista não poderia restringir apenas a estudos literários e linguísticos, pois, vejam bem, o Campus é muito pequeno, consequentemente o número de alunos, cursos, professores é exíguo, então não há como nos isolarmos, penso, dentro de nós mesmos. É preciso somar forças, estender as mãos para abraçarmos o máximo possível para tentar nos fazer grande e melhor enquanto instituição, enquanto Campus do Marajó, de Breves.

E foi pensando no todo,  nos fatores internos e externos que regem alguns aspectos das IES que, sob as mãos da profa. Sandra Job e de dois discentes, hoje ex-discentes, Edson S. Loureiro e Danilson Lima, nasceu e, em fevereiro de 2014, veio a público a primeira edição da Revista Falas Breves. E lá já se foram mais de 5 anos, mantendo os seus objetivos iniciais: uma publicação anual, entre os meses de fevereiro a junho, com temas voltados para a área de humanidades (à qual entendemos que engloba temas voltados para literatura, linguística, artes, história, geografia, ensino, aprendizagem (em qualquer área), filosofia, gênero, raça, morte etc.). Ou seja, é uma revista de Breves  e de poucas falas, mas aberta a tod@s que  a Falas queiram somar.