A TRANSMUTAÇÃO DE LINGUAGENS PELO VIÉS DA CRÍTICA GENÉTICA: LITERATURA E CINEMA

Eva Cristina Francisco

Resumo


O presente trabalho tem por objetivo expor algumas relações entre cinema e crítica genética no que diz respeito à adaptação fílmica. Baseados nos pressupostos de estudos sobre a gênese da criação, podemos dizer que toda obra é uma reescritura. A trama do romance é reescrita em forma de roteiro e traduzida do código literário para o código dramático audiovisual, recriando a nova obra. Por meio de acréscimos, supressões, análises e sínteses, o diretor e o roteirista têm a função de “lapidar” o código literário transformando em uma história que causa ao espectador a impressão de veracidade em tempo real. Não mais se preocupando sobre a fidedignidade ao se transcodificar um texto, agora se fala em obras independentes, intertextualidade, texto de segundo grau. Para corroborar as considerações abordadas utilizamos, como exemplo, a adaptação do romance O Primo Basílio, de Eça de Queirós para o filme dirigido por Daniel Filho. Para tanto, contamos com os pressupostos dos estudos sobre crítica genética e tradução, a fim de discutir o processo de recriação no cinema por meio da transcodificação, abrangendo a gênese da criação dentro da multimídia.

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REVISTA ELETRÔNICA FALAS BREVES. BREVES - PA, ISSN 23581069