SABERES DAS ÁGUAS – INTERTROCAS CONTÍNUAS ENTRE PESSOAS, SABERES E UMA FLUIDA ANCESTRALIDADE AMAZÔNICA

Eliene Da Silva Alves, Eliana Campos Pojo Toutonge

Resumo


Este texto é uma reflexão sobre os ‘saberes das águas’ a partir do cotidiano e travessia dos sujeitos que residem às margens do rio Acará-PA nesta cidade, com ênfase a importância da água na cultura e nos processos identitários das pessoas e da comunidade. Esta pesquisa, em andamento, objetiva analisar as representações socioambientais acerca dos saberes das águas desses residentes, estabelecidos a partir de relações concretas com o rio, com o espaço-tempo das águas. O estudo de caráter qualitativo, utiliza-se dos seguintes procedimentos metodológicos: a observação participante, o registro de campo, entrevistas e conversas informais junto de moradores, feirantes e barqueiros, precisamente trabalhadores que circulam diariamente o entorno do rio Acará. Também, busca-se dialogar com alguns autores que discutem temas concernentes ao objeto investigado, a saber: intertrocas recorremos a Brandão (2007), a água com Diegues (2007) e sobre contextos e sujeitos ribeirinhos utilizamos alguns referenciais de Castro (1998). As análises estão sendo feitas a partir de fotografias e o repertório oral dos sujeitos tomando suas representações e sentidos. A partir destas, já é possível inferir que mesmo instituídos na dinâmica de cidade os sujeitos se conectam às fontes naturais, principalmente com o rio que margeia a cidade, possuindo uma conexão visível com o ir e vir das águas nos quais são perceptíveis a partir de suas influências nas ações cotidianas. As terras e matas, causos e símbolos são aspectos simbólicos do imaginário amazônico bem como sua forma de representá-la no contexto socioambiental das águas do rio Acará, os quais estão presentes no repertório oral desses sujeitos.

Palavras-chave


Intertrocas. Águas. Contexto Ribeirinho.

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REVISTA ELETRÔNICA FALAS BREVES. BREVES - PA, ISSN 23581069