A FORTUNA CRÍTICA ACADÊMICA DE MANOEL DE BARROS

Rosidelma Pereira FRAGA

Resumo


Um recorte de minha tese Recepção e convergência na obra de Manoel de Barros: poesia, ilustração e paratextualidade, este artigo tem como objetivo crucial homenagear os 100 anos do autor e contribuir com a divulgação de sua obra, ao efetivar um exame austero da fortuna crítica acadêmica de Manoel de Barros e assegurar que o poeta tem seu lugar merecido na literatura de âmbito nacional e canônico, pois sua poesia lírica tem sido objeto de pesquisas em todo Brasil, porém, a crítica hegemônica insistiu em silenciar o poeta durante séculos. Entretanto, o poeta já demonstrou em seus versos de Memórias inventadas, que é preciso escutar o silêncio das paredes, a sua poesia, distante de ser regional, se elevou em matéria de linguagem, foi capaz de transcender o ínfimo e voar fora da asa como se lê em Livro sobre nada. O método de investigação consistiu em pesquisas realizadas dos mais de 100 documentos de dissertações, teses, obras impressas sobre a poesia completa do poeta, a partir de uma delimitação aludida no quarto parágrafo deste artigo. Nesta pesquisa, percebi que da década de 1980 até no século XXI a poética de Barros tem sido examinada por diversas nuances. O maior enfoque dos trabalhos tem reincidido no retalho aos temas telúrico, metapoesia, reinvenção da linguagem poética, a alquimia do verbo, o leitor, a poesia sob o crivo das contradições e da ambiguidade, a poesia como instauração do ínfimo e do nada, o erotismo na linguagem, a presença do ser pantaneiro e dos loucos, a transgressão da sintaxe, a poética do mito, além dos laços com a literatura comparada e outras artes.


Palavras-chave


Manoel de Barros. Fortuna Crítica. Poesia.

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REVISTA ELETRÔNICA FALAS BREVES. BREVES - PA, ISSN 23581069